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Foto do escritorDa Redação

O Coronavírus e as relações familiares

O poeta perguntou: Que país é este? Hoje perguntamos: que mundo é esse? Tomados pela angustia de não saber o que será do futuro nem como irá se desenrolar, visto que somos imediatistas e queremos a resposta antes mesmo das perguntas serem feitas, assim como o corretor do celular que já nos corrige e/ou sugere a palavra que devemos escrever quando estamos no meio da frase. Sim, é tempo de pandemia, “olhamos” para um vírus que sofreu uma mutação cultural que ultrapassou os limites as fronteiras e abraçou o mundo de forma a transformar tudo o que ele tocou, e de todas as transformações percebo que a mais inusitada para esta geração é o confinamento para uns, quarentena para outros e férias para os mais “descontraídos”, contudo este período em que somos orientados a nos recolher também nos impõe á um saber que a muito não se pensava sobre, a arte de brincar com os filhos e conversar com o cônjuge, abraçar os pais e ligar para os irmãos e familiares ( claro que á exceções), este momento de reclusão, nos leva a refletir o papel da família contemporânea, moderna, e não falo de configurações familiares tradicionais, pois a modernidade nos presenteou com configurações das mais incríveis possíveis, na atualidade o que percebo na clinica, como psicóloga, é que na relação familiar estabelecida para algumas pessoas á um estranhamento dos papeis em algumas famílias, como se de alguma forma este papel que cada um desempenha está ocupado por alguma mídia social, ou eletrônico da atualidade, até mesmo ocupado pela presa, pelo trabalho e pelos compromissos. O Coronavírus nos fez pensar sobre como as relações com a família pode ser frágil e distante, mas também é um momento que pode nós (re)aproximar, transformar a pandemia em um momento de criação, criar algo novo e de renovar-se, desfrutar da companhia daqueles que precisam estar juntos, estabelecer laços que nunca deveriam ter se tornado frágeis. Orientar-se quanto ao que esta acontecendo no mundo sem esquecer que a tecnologia não pode ocupar o lugar do laço afetivo que pode se (re)fazer durante esse tempo que passamos junto á nossa família.


Tatiana Ferreira, é formanda em psicologia pela Centro Universitário Newton Paiva em Belo Horizonte/ MG. Com experiência na clínica Psicanalítica desde 2018. Professora de psicologia em 2019 no Instituto Técnico Inovar de Belo Horizonte/MG. Com atuação em grandes empresas no trabalho com grupos e saúde do trabalhador. Atuação na ONG Inconformados em Belo Horizonte/ MG.desde 2018 até 2020 como psicóloga e coordenando grupos terapêuticos de crianças e adultos em situação de vulnerabilidade social.

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