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Ver para olhar, ouvir para escutar!

Foto do escritor: Da RedaçãoDa Redação

Você sabe a diferença de ver e olhar? E de ouvir e escutar?

 



Muitas vezes não paramos para pensar nessas diferenças, no dia a dia vemos e ouvimos muitas coisas, mas já pensou no que realmente olhou e escutou? Quando falamos de educação precisamos ter em mente que estes dois sentidos do ser humano são importantíssimos para o dia a dia e a aprendizagem, seja ela da parte da criança ou da parte dos pais e professores.

No que tange crianças neurodivergentes e neurotípicas no contexto domiciliar e escolar, precisamos nos atentar ao que eles estão fazendo. Esse treino de observação é algo que evidencia a diferença entre olhar e ver. Na acepção do dicionário, VER é verbo transitivo que significa “perceber (algo) pela visão”, exemplo: “a mãe viu a brincadeira das crianças”. Já o verbo OLHAR, também transitivo direto e podendo ser indireto, denota “observar atentamente, sondar, examinar”.

Na prática, a gramática nos mostra que, quando exercemos o olhar, prestamos atenção, observamos fatos, posturas, detalhes da criança ou do adolescente naquele exato momento. Assim como na escola, a criança ou adolescente que é visto no sentido de “olhar” sente-se notado, o professor distingue suas características, dificuldades, se ele tem flaps (movimentos repetitivos com partes do corpo), com quais os momentos ele se distrai, e com quais momentos ele fica alheio ao seu redor. Ou seja, o professor é capaz de examinar e sondar seu aluno, pois vai além da mera visão física de cenário, pessoa ou objeto.

Analogamente, no dicionário, OUVIR é o verbo que explica o fenômeno biológico perceber o som de algo (palavra ou objeto por exemplo), enquanto o ESCUTAR representar “‘estar consciente do que se ouve”, em outras palavras: “ficar atento para ouvir, dar atenção a”. Com isso,  demonstramos a nossa atenção para aquilo que é falado, narrado, explicado, oferecido, diferente de quando só ouvimos e após um determinado tempo nos questionamos o que estava acontecendo ao nosso redor.

Você já parou para pensar em quantas vezes não se lembrou do que te falaram, você não sabia o que estava acontecendo ao seu redor, e quantas vezes a criança ou adolescente chamou, chamou, chamou e desistiu porque a atenção não era a que estava sendo necessária, ou seja, ela era ouvida, mas não escutada?

A atenção altera a ação do nosso sistema neural:  esse será imediatamente preparado para que isso aconteça, vai reconhecer o espaço em que estamos, perceberá sons, cheiros, vai se localizar em tempo, espaço, vai se equilibrar perante o clima inserido. Desta forma, desenvolver todo o conhecimento da escuta ativa e do olhar ativo é fundamental. Frequentemente, fazemos isso sem perceber porque o local, o tempo, o que está sendo oferecido neuralmente para nós já é automático para que isso aconteça, isto é, desperta o nosso interesse. Todavia, em situações opostas, em que nós precisamos aprender a gostar, a aprender a ter interesse, é o momento em que o treino do ouvir, do olhar, do ver e do  escutar estão sendo efetivamente preparados neurológica e neurocognitivamente para acontecer. Parece fácil, porém depende de um ponto extremamente importante: a força de vontade e a atenção que nós vamos desprender ao tópico desejado.

Por essa razão, as escolas estão sendo hoje vistas de uma forma mais ampla, analisadas, observadas; uma vez que várias delas não exploram a diferença do ver e do olhar; do ouvir e do escutar. Assim, nesse contexto, diversas crianças neurotípicas e neurodivergentes podem sentir-se excluídas, negligenciadas, recebendo um rótulo falso de timidez ou desinteresse.

Para sanar tais lacunas, nós precisamos auxiliar, algumas vezes intervir, nos ambientes escolares e domiciliares, orientando e capacitando a equipe pedagógica, bem como ensinando os pais que os verbos aqui apresentados, embora semelhantes, têm características distintas não apenas nos vernáculos da gramática. Preparar a família para que ela seja um ponto seguro para a escola e dar suporte à escola para que seja o fortalecedor de vínculo familiar é a questão mais importante para conseguir olhar e escutar as crianças e adolescentes que temos hoje.

Se você sente dificuldade em entender esses processos e deseja saber mais e aprender mais, nós do Espaço Fontes Educacionais podemos auxiliar! Conte com nossa equipe preparada para esse suporte!




 
 
 

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