Por Mônica Kinoch
A palavra parece despertar “medo” nas pessoas, como se somente houve malefícios nesse hormônio, mas fica a dúvida: se não houvesse benefícios, por que nosso organismo o produziria?
Vamos do início, cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais, que estão localizadas acima dos rins (ou seja, nosso corpo o produz naturalmente). A função do cortisol é ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir com o sistema imunológico, manter os níveis de açúcar no sangue constantes, assim como a pressão arterial (aqui identificamos seus benefícios e entendemos o motivo que nosso corpo o produz).
Importante ressaltar que o cortisol segue um ritmo circadiano, ou seja, nível mais alto pela manhã declina ao longo do dia, e muito baixo na hora de dormir. O problema está em manter o equilibrio, uma vez que não pode estar nem muito alto e nem muito baixo, deve ser na medida certa conforme o circadiano.
O cortisol é comumente relacionado ao ganho de peso, uma vez que o estresse aumenta a produção desse hormônio no sangue, e uma das consequencias é o desejo por ingestão de comidas açucaradas e gordurosas, logo, contribuindo para o ganho de peso desenfreado.
O excesso desse hormônio, além do aumento de peso, pode também causar outras complicações, como aumenta o risco de diabetes, hipertensão arterial, depressão, aumento de gordura abdominal e perda da massa magra.
Os sintomas que o cortisol está sempre elevado:
· Complicações crônicas: hipertensão arterial, diabetes tipo 2 e osteoporose;
· Ganho de peso: o cortisol aumenta o apetite e modifica o metabolismo;
· Cansaço: interferindo na ação de outros hormônios, alterando o padrão de sono e causando fadiga;
· Mudanças emocionais: ira, irritabilidade, depressão e ansiedade;
· Envelhecimento precoce;
· Musculatura fraca;
· Redução do desejo sexual;
· Função cerebral comprometida: interferindo na memória, contribuindo para confusões mentais.
· Infecções: prejudicando o sistema imunológico, aumento o risco de infecções.
· Raro: pode levar a Síndorme de Cushing.
Importante aqui ressaltar a importância de sempre ser acompanhado por um médico para o diagnóstico preciso.
Uma das dicas para se manter controlado os níveis de cortisol, é manter-se bem hidratado, além de consumir carboidratos e proteínas de boa qualidade.
Outra dica bastante útil para manter o controle do cortisol é:
Realizar caminhada por prazer;
· Ter um bom sono;
· Cochilos durante o dia;
· Massagens relaxantes no corpo;
· Praticar a terapia do riso;
· Utilizar sauna, banhos quentes e terapias de spa.
A nutrição é muito importante nessa manutenção dos níveis de cortisol, abaixo segue alguns alimentos para auxilio nesse processo:
· Fenilalanina: precursora da dopamina, envolvido no sentimento de “bem estar”, diminuindo o estresse e a vontade de ingerir alimentos gordurosos e açucarados.
o Fonte: frango, ovos, arroz integral, brócolis, abóbora, couve, agrião e alcachofra.
· Triptofano: precursor da serotonina, também envolvido no sentimento de “bem estar”, diminuindo o estresse e o cortisol.
o Fonte: arroz integral, carne, ovos, leite, castanhas e banana.
· Diminuir cafeína: pois ela estimula o aumento do cortisol.
o Fonte: café, chá mate, chá preto, refrigerantes a base de cola, chocolates.
· Vitamina B5: cofator para a produção de serotonina (sentimento de “bem estar”) e controle do cortisol.
o Fonte: damasco, amêndoa, leite, salmão, gérmen de trigo e farinha de aveia.
· Evitar grandes intervalos entre as refeições: jejum prolongado é um tipo de “estresse” para o organismo e pode aumentar o cortisol.
· Diminuir o consumo de alcool: pois estressam o organismo e como consequencia aumenta o cortisol circulante.
· Pare de fumar: também geram estresse no organismo e aumentam o cortisol.
· Pratique exercícios: diminuem o estresse e naturalmente diminuem o cortisol no sangue.
Essas são algumas dicas para que possa melhor conhecer sobre esse hormônio e não ficar com medo dele, e sim se atentar com sua manutenção no organismo.
Monica Cristina da Silva Kinoch CRN - 3672/19
Nutricionista formada pela Unimax, cursando especialização em Obesidade e Emagrecimento, e participou de congressos de nutrição no tratamento do câncer, além de publicação de artigos nessa área. Atendimento clínico voltado para a nutrição comportamental, trabalhando o emagrecimento, reeducação alimentar e acompanhamento nutricional em doenças crônicas.
Comments